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Momentos históricos
Tokugawa
Habilidade exclusiva

Bakuhan

Rotas comerciais internacionais recebem -25% de ganhos e Turismo, mas rotas comerciais domésticas concedem +1 de cultura, +1 de ciência e +2 de ouro para cada distrito especializado na cidade de destino. Cidades em um raio de 6 painéis da capital do Japão são 100% leais e, após pesquisar Voo, recebem +1 de Turismo para cada distrito.

Sumário
O Japão de Tokugawa prefere se manter isolado, criando muitos distritos e rotas comerciais domésticas.
Abordagem detalhada
A habilidade Restauração Meiji confere bônus de adjacência significativos para os distritos japoneses. Ela também dá +1 de turismo para distritos de cidades próximas à capital. Além disso, a habilidade de Tokugawa aumenta consideravelmente os ganhos de rotas comerciais domésticas para cada distrito, porém rotas comerciais internacionais são bem menos proveitosas. A Fábrica de Eletrônicos é de grande ajuda para alcançar uma Vitória Científica ou Cultural.
Contexto Histórico
Tokugawa Ieyasu foi um estrategista militar brilhante, inclusive em tempos de paz. Ele foi o vencedor categórico do caótico período Sengoku no Japão e arquiteto do período Edo que se seguiu.

O caos do Sengoku Jidai (período Sengoku) na história do Japão tornou-se emblemático. Durante o período Edo que se sucedeu, marcado por paz e prosperidade, os samurais não tinham muito o que fazer além de se entreter com histórias sobre grandes batalhas, líderes e acontecimentos dessa época: ninjas, generais, exércitos, cercos e assuntos do gênero. Grande parte do nosso imaginário sobre o Japão feudal é produto dessas histórias, floreadas e romantizadas.

O período Sengoku foi uma extensa guerra entre clãs rivais em busca de poder. O fraco xogunato Ashikaga sucumbiu, o que fez do imperador uma mera figura simbólica e deixou vago o cargo mais poderoso: o de xogum, o chefe militar do imperador. Por mais de um século, daimiôs (senhores feudais) e samurais disputaram esse título, e em meio a essas batalhas foram surgindo outros elementos: cristãos, armados com mosquetes por europeus, ikkō-ikki antimonárquicos e os ninjas, estrategistas militares sem um código de honra, capazes de cometer atrocidades em nome de seus senhores. Três samurais se distinguiram nesse período: Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu.

Há uma anedota que reflete bem as personalidades e motivações desses líderes. Certa vez, os três homens estavam reunidos observando um passarinho que se recusava a cantar. Oda lança uma ameaça: "passarinho, se você não cantar, eu vou matá-lo". Hideyoshi tenta a manipulação: "passarinho, se você não cantar, eu vou persuadi-lo". Já Tokugawa, o mais perspicaz, simplesmente diz: "passarinho, eu posso esperar". Essa história demonstra como ter calma e paciência são as chaves para a vitória, e foi isso que aconteceu no Japão.

Oda, o "rei demônio", fez jus a esse nome. Como líder do clã Oda, Nobunaga mobilizou suas tropas de modo a devastar toda a ilha principal do Japão, derrotando os ikkō-ikki e destituindo totalmente o xogunato Ashikaga. Seu último obstáculo era o poderoso clã Mōri, no oeste, que possivelmente também teria sido derrotado não fosse a traição de um dos aliados do próprio Oda. Ao ver Akechi, o general traidor, caminhando em sua direção enquanto estava relativamente desprotegido, tomando chá em um templo de Quioto, Oda cometeu suicídio. O futuro xogum, Tokugawa, também fugiu na companhia do ninja Hattori Hanzō (que nessa época ainda era um samurai).

O clã Toyotomi, liderado pelo ex-serviçal Toyotomi Hideyoshi, assumiu a bandeira de Oda e o controle temporário do Japão. Sob o comando de Hideyoshi, as forças japonesas tentaram conquistar a Coreia, e não seria pela última vez. Contudo, até os reis mais grandiosos têm fim, e Hideyoshi, que dedicou-se muito à expansão territorial, havia deixado os cofres japoneses vazios. Houve uma crise de sucessão entre os apoiadores do clã Toyotomi e os do novo clã Tokugawa, formado por um vassalo regional de Oda sob a liderança de Tokugawa Ieyasu. A crise culminou na Batalha de Sekigahara, na qual Tokugawa provou-se dominante e começou a juntar os cacos da guerra.

Foi uma época de caos para o Japão. Novas ideias invadiam o país, como o republicanismo (aqui com o sentido de o povo governar) e o cristianismo. O comércio europeu e a entrada de armas também representavam um problema. Tokugawa tomou as rédeas implementando a política de sakoku, o isolamento. Ele fechou todas as fronteiras do Japão, exceto Nagasaki. Isso barrou a chegada de novos desafios ameaçadores para o novo xogunato Tokugawa e também o tipo de aventura no estrangeiro que havia causado problemas financeiros a Hideyoshi. A política de sakoku não foi nada desastrosa para o Japão. A produção local se desenvolveu e o Japão teve paz e prosperidade durante o que se tornou conhecido como período Edo (cidade-sede do xogunato). Além do mais, as nações vizinhas não tiveram mais que se preocupar com samurais desembarcando em suas praias.

O sistema de controle exercido por Tokugawa foi brutal. Ainda havia famílias nobres, mas o xogum criou uma estratégia astuta para mantê-las obedientes. Enquanto os nobres governavam suas próprias províncias, as famílias deles permaneciam como "reféns" em Edo. Assim, qualquer tipo de rebelião podia ser contida imediatamente com uma simples ameaça à família do rebelde. Isso também significava que a corte de Edo era repleta de nobres. Samurais ricos, porém entediados, viviam de histórias e aspirantes a guerreiros lutavam por honra, em vez de por terra. Foi nessa época que surgiu a famosa cultura ukiyo-e, o "mundo flutuante" do entretenimento, assim como artistas e escritores ligados a ela.

O país foi escancarado no século XIX com a chegada (e ameaça de permanência) de navios americanos exigindo a abertura comercial. O Japão então percebeu que o mundo tinha se desenvolvido sem eles e que invenções, como armas de fogo e canhões, haviam se tornado um tanto perigosas. Embora a reabertura tenha sido traumática e o período Meiji, que veio depois, tenha eliminado grande parte do sistema feudal japonês, a infraestrutura já existente permitiu que, dentro de poucas décadas, Meiji pudesse enfrentar e derrotar alguns dos Estados mais poderosos do mundo. Mas vamos deixar essa história para depois.
icon_leader_default
Creio que posso ser ainda mais forte do que sou hoje, mas foi a perseverança que me trouxe até aqui. Se meus descendentes quiserem ser fortes, precisarão estudar a paciência.

Traços

Civilizações

Preferências

Agendas
Sakoku
Quer ficar seguro de conquistas. Não gosta daqueles que já conquistaram capitais originais de outros jogadores.
Religião
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Creio que posso ser ainda mais forte do que sou hoje, mas foi a perseverança que me trouxe até aqui. Se meus descendentes quiserem ser fortes, precisarão estudar a paciência.

Traços

Civilizações

Preferências

Agendas
Sakoku
Quer ficar seguro de conquistas. Não gosta daqueles que já conquistaram capitais originais de outros jogadores.
Religião
Habilidade exclusiva

Bakuhan

Rotas comerciais internacionais recebem -25% de ganhos e Turismo, mas rotas comerciais domésticas concedem +1 de cultura, +1 de ciência e +2 de ouro para cada distrito especializado na cidade de destino. Cidades em um raio de 6 painéis da capital do Japão são 100% leais e, após pesquisar Voo, recebem +1 de Turismo para cada distrito.

Sumário
O Japão de Tokugawa prefere se manter isolado, criando muitos distritos e rotas comerciais domésticas.
Abordagem detalhada
A habilidade Restauração Meiji confere bônus de adjacência significativos para os distritos japoneses. Ela também dá +1 de turismo para distritos de cidades próximas à capital. Além disso, a habilidade de Tokugawa aumenta consideravelmente os ganhos de rotas comerciais domésticas para cada distrito, porém rotas comerciais internacionais são bem menos proveitosas. A Fábrica de Eletrônicos é de grande ajuda para alcançar uma Vitória Científica ou Cultural.
Contexto Histórico
Tokugawa Ieyasu foi um estrategista militar brilhante, inclusive em tempos de paz. Ele foi o vencedor categórico do caótico período Sengoku no Japão e arquiteto do período Edo que se seguiu.

O caos do Sengoku Jidai (período Sengoku) na história do Japão tornou-se emblemático. Durante o período Edo que se sucedeu, marcado por paz e prosperidade, os samurais não tinham muito o que fazer além de se entreter com histórias sobre grandes batalhas, líderes e acontecimentos dessa época: ninjas, generais, exércitos, cercos e assuntos do gênero. Grande parte do nosso imaginário sobre o Japão feudal é produto dessas histórias, floreadas e romantizadas.

O período Sengoku foi uma extensa guerra entre clãs rivais em busca de poder. O fraco xogunato Ashikaga sucumbiu, o que fez do imperador uma mera figura simbólica e deixou vago o cargo mais poderoso: o de xogum, o chefe militar do imperador. Por mais de um século, daimiôs (senhores feudais) e samurais disputaram esse título, e em meio a essas batalhas foram surgindo outros elementos: cristãos, armados com mosquetes por europeus, ikkō-ikki antimonárquicos e os ninjas, estrategistas militares sem um código de honra, capazes de cometer atrocidades em nome de seus senhores. Três samurais se distinguiram nesse período: Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu.

Há uma anedota que reflete bem as personalidades e motivações desses líderes. Certa vez, os três homens estavam reunidos observando um passarinho que se recusava a cantar. Oda lança uma ameaça: "passarinho, se você não cantar, eu vou matá-lo". Hideyoshi tenta a manipulação: "passarinho, se você não cantar, eu vou persuadi-lo". Já Tokugawa, o mais perspicaz, simplesmente diz: "passarinho, eu posso esperar". Essa história demonstra como ter calma e paciência são as chaves para a vitória, e foi isso que aconteceu no Japão.

Oda, o "rei demônio", fez jus a esse nome. Como líder do clã Oda, Nobunaga mobilizou suas tropas de modo a devastar toda a ilha principal do Japão, derrotando os ikkō-ikki e destituindo totalmente o xogunato Ashikaga. Seu último obstáculo era o poderoso clã Mōri, no oeste, que possivelmente também teria sido derrotado não fosse a traição de um dos aliados do próprio Oda. Ao ver Akechi, o general traidor, caminhando em sua direção enquanto estava relativamente desprotegido, tomando chá em um templo de Quioto, Oda cometeu suicídio. O futuro xogum, Tokugawa, também fugiu na companhia do ninja Hattori Hanzō (que nessa época ainda era um samurai).

O clã Toyotomi, liderado pelo ex-serviçal Toyotomi Hideyoshi, assumiu a bandeira de Oda e o controle temporário do Japão. Sob o comando de Hideyoshi, as forças japonesas tentaram conquistar a Coreia, e não seria pela última vez. Contudo, até os reis mais grandiosos têm fim, e Hideyoshi, que dedicou-se muito à expansão territorial, havia deixado os cofres japoneses vazios. Houve uma crise de sucessão entre os apoiadores do clã Toyotomi e os do novo clã Tokugawa, formado por um vassalo regional de Oda sob a liderança de Tokugawa Ieyasu. A crise culminou na Batalha de Sekigahara, na qual Tokugawa provou-se dominante e começou a juntar os cacos da guerra.

Foi uma época de caos para o Japão. Novas ideias invadiam o país, como o republicanismo (aqui com o sentido de o povo governar) e o cristianismo. O comércio europeu e a entrada de armas também representavam um problema. Tokugawa tomou as rédeas implementando a política de sakoku, o isolamento. Ele fechou todas as fronteiras do Japão, exceto Nagasaki. Isso barrou a chegada de novos desafios ameaçadores para o novo xogunato Tokugawa e também o tipo de aventura no estrangeiro que havia causado problemas financeiros a Hideyoshi. A política de sakoku não foi nada desastrosa para o Japão. A produção local se desenvolveu e o Japão teve paz e prosperidade durante o que se tornou conhecido como período Edo (cidade-sede do xogunato). Além do mais, as nações vizinhas não tiveram mais que se preocupar com samurais desembarcando em suas praias.

O sistema de controle exercido por Tokugawa foi brutal. Ainda havia famílias nobres, mas o xogum criou uma estratégia astuta para mantê-las obedientes. Enquanto os nobres governavam suas próprias províncias, as famílias deles permaneciam como "reféns" em Edo. Assim, qualquer tipo de rebelião podia ser contida imediatamente com uma simples ameaça à família do rebelde. Isso também significava que a corte de Edo era repleta de nobres. Samurais ricos, porém entediados, viviam de histórias e aspirantes a guerreiros lutavam por honra, em vez de por terra. Foi nessa época que surgiu a famosa cultura ukiyo-e, o "mundo flutuante" do entretenimento, assim como artistas e escritores ligados a ela.

O país foi escancarado no século XIX com a chegada (e ameaça de permanência) de navios americanos exigindo a abertura comercial. O Japão então percebeu que o mundo tinha se desenvolvido sem eles e que invenções, como armas de fogo e canhões, haviam se tornado um tanto perigosas. Embora a reabertura tenha sido traumática e o período Meiji, que veio depois, tenha eliminado grande parte do sistema feudal japonês, a infraestrutura já existente permitiu que, dentro de poucas décadas, Meiji pudesse enfrentar e derrotar alguns dos Estados mais poderosos do mundo. Mas vamos deixar essa história para depois.