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Nação Cree

Noruega

Núbia

Países Baixos

Pérsia

Polônia

Portugal

Roma

Rússia

Suécia

Suméria

Vietnã

Zululândia

Líderes

Noruega
Habilidade exclusiva

Knarr

Unidades ganham a habilidade de entrar no oceano depois de pesquisar sobre tecnologia de construção de navios. Unidades navais de curto alcance curam em território neutro. Unidades ignoram custos adicionais de movimento de embarque e desembarque.

Contexto Histórico
Os vikings noruegueses tinham o costume de deixar a Noruega. Até 800 d.C., eles haviam colonizado Shetland, Órcades, as Ilhas Féroe, as Hébridas e outros lugares que ninguém queria muito. Por volta de 820, eles criaram povoados na costa oeste da Irlanda, fundando algumas das grandes cidades da ilha (incluindo Dublin). Em, ou, por volta de 870, eles descobriram a Islândia e imediatamente a dividiram entre 400 chefes de tribo. Cem anos depois, eles apareceram na Groenlândia e Leif Ericson desembarcou na América do Norte por volta de 1000 d.C. (mas não ficou por muito tempo). Durante esse tempo todo, a Noruega não estava nem mesmo unificada e era composta de diversos reinos pequenos que discutiam quem devia liderar.

Harald Fairhair começou o processo de criação da Noruega pisoteando todos os chefes de tribo rivais na Batalha de Hafrsfjord por volta de 872 (os historiadores não têm certeza da data, sendo os registros dos vikings do jeito que são), mas coube a Olavo Haraldsson tornar-se realmente rei de uma Noruega unificada, assumindo o trono em 1015 (como Olavo II)... não que vários senhores tivessem periodicamente tentado se separar por séculos. O "santo" Olavo estava determinado a tornar sua nação cristã e se livrar de Odin, Thor e Valhala. Ele obrigou as coisas (governos locais) a aprovarem leis exigindo o cristianismo, s construir igrejas, a derrubar estruturas pagãs e a declarar Trondheim como centro cristão da Noruega. Por isso, Olavo foi morto na batalha de Stiklestad. Ainda assim, o cristianismo tinha chegado à Noruega para ficar.

Embora Harald Hardrada tenha morrido na batalha de Stamford Bridge tentando tomar a coroa inglesa em 1066, sua família governaria a Noruega até Sigurdo Magnusson, conhecido "o cruzado", morrer em 1130. A morte dele deflagrou um século de guerras civis, até que finalmente, em 1217, Haakon IV arrumou tudo e estabeleceu a dinastia Sverre. Sob Haakon e seus descendentes, a Noruega passou por uma idade de ouro, política e culturalmente. A Noruega anexou a Islândia e a Groenlândia. Em 1266, Magno VI, "o Legislador" (ele arrumou muitas leis ruins), percebendo que não conseguiria defender os povoados nas Hébridas contra os ferozes escoceses, vendeu as ilhas junto da Ilha de Man para a coroa escocesa (a Shetland e as Órcades teriam o mesmo destino em 1468).

Foi uma época de paz e prosperidade na Escandinávia e os noruegueses aproveitaram da melhor forma. Comerciantes vikings viajaram ao sul para o Oriente Médio, leste aos ermos da Rússia e especialmente ao oeste para as ilhas britânicas, trazendo de volta riqueza em troca de matérias-primas: pele, lenha, peixes e minério. A agricultura se desenvolveu ao longo da costa. Enquanto isso, as artes chegavam a novos patamares nunca antes alcançados. Trabalhando com madeira e metal, artesãos noruegueses criaram artes finas em meia dúzia de estilos distintos, da Oseberg a Urnes. Engenheiros navais nórdicos criaram embarcações capazes de atravessar os oceanos. Ferreiros nórdicos forjaram as melhoras espadas e armaduras de toda a Europa. O que serviu bem, já que, embora houvesse paz entre os reinos vikings, os nórdicos estavam, como de costume, atacando alguém por perto de uma semana a outra. Mas a diversão tinha que acabar uma hora.

Mais ou menos em 1349, a peste negra chegou à Escandinávia, matando até 50% da população nos anos seguintes. As perdas trouxeram uma redução de impostos, naturalmente, e a autoridade central da coroa se enfraqueceu. Enquanto isso, a Igreja Católica aumentou seus dízimos, ficando cada vez mais poderosa, ao ponto em que o arcebispo de Trondheim exigiu – e conseguiu – uma vaga no Conselho do Estado. No final do século XIV, a Liga Hanseática foi tomando as rotas comerciais norueguesas; em 1343, a Liga tinha estabelecido um kontor ("entreposto estrangeiro") em Bergen e até 1400 tinha criado seu próprio reduto na cidade e estabelecido direitos exclusivos de compra com a frota pesqueira. (Bergen continuaria sob influência hanseática até meados de 1600).

Tudo isso levou para ideias de unificação dos velhos reinos vikings para enfrentar os desafios. Olavo II herdara o trono da Dinamarca aos cinco anos em maio de 1376, após a morte de seu bisavô; quando seu pai morreu, ele o sucedeu como rei da Noruega. Pelos próximos 400 anos, a Noruega seria comandada de Copenhague como parte de um reino duplo. Logo, estes foram reunidos ao trono sueco também, quando Margarida I, rainha regente da Dinamarca, forjou a União de Kalmar – que incluía não apenas os três reinos, mas também as dependências da Noruega no além-mar e a Finlândia (obtida com a coroa sueca). Montada para se opor à crescente influência da Liga Hanseática e dos príncipes alemães do báltico, a União sobreviveu até 1523 quando o "Banho de sangue de Estocolmo" deflagrou a Revolução Sueca, que resultou na coroação de Gustavo Vasa como rei da "Suécia livre".

A União de Kalmar serviu bem à Noruega. Exceto por aquela bagunça com a Reforma. Frederico I, rei da Dinamarca-Noruega, era a favor das heresias de Lutero. Mas na Noruega, o povo era contra. E daí havia um grave problema, pois em 1529 o rei tentou impor o protestantismo aos noruegueses. Sem surpresas, a resistência foi liderada pelo arcebispo de Trondheim, que trouxe o velho rei católico Cristiano II de volta do exílio. Mas Cristiano foi capturado e preso pelo resto da sua vida. Na guerra civil que seguiu a morte de Frederico, os noruegueses católicos tentaram outra vez, com resultados ainda piores. O dinamarquês vitorioso, Cristiano III, exilou o arcebispo, demoveu a Noruega de reino a uma mera província dinamarquesa em 1536 e impôs o luteranismo na Noruega no ano seguinte.

Depois disso, tudo se acalmou por um tempo, conforme os noruegueses se acostumavam com a nova ordem das coisas. Havia as guerras ocasionais em que os exaltados dinamarqueses se metiam – a Guerra de Kalmar (1611-1613), a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e a Segunda Guerra do Norte (1657-1660) – que resultaram em mudanças nas fronteiras. Mas, no geral, as coisas iam bem. A população aumentou em uns 750 mil ao longo de 300 anos (1500 a 1800). O sistema administrativo dinamarquês foi reformado, com a Noruega sendo dividida em condados. A corrupção no governo diminuiu sob uma série de reis competentes, apesar de existirem 1.600 oficiais comissionados pelo governo por toda a Noruega. Infelizmente, ao menos para os dinamarqueses, o país logo se envolveu na conflagração napoleônica... ficando do lado perdedor.

Quando tudo acabou, a Noruega era parte da Suécia, embora uma assembleia nacional tenha sido, bem, reunida em assembleia para redigir uma constituição para uma monarquia parlamentar em maio de 1814. Em julho do mesmo ano, a Suécia invadiu e com a Convenção de Moss, em agosto, concordou em reconhecer a constituição desde que a Noruega se rendesse e se comportasse. Assim começou a união constitucional entre a Suécia e a Noruega, com o monarca sueco Carlos João sendo eleito para assumir as duas coroas. O nacionalismo e o liberalismo norueguês se solidificaram, já que os calmos suecos os deram bastante liberdade. O Banco da Noruega foi fundado em 1816 e com ele uma moeda nacional (a speciedaler). A velha aristocracia norueguesa foi abolida pelo parlamento em 1821. Em 1832, os camponeses perceberam que eles eram mais numerosos do que qualquer outro grupo e nas eleições daquele ano ficaram com a maior das vagas na Dieta. Assim vieram a redução de impostos agrícolas e a elevação de tarifas de importação, enquanto a Lei de Comitês Locais criou conselhos municipais para administrações locais.

Quando a Suécia aboliu os acordos de livre comércio com a Noruega e traçou uma fronteira entre as duas e depois se recusou a nomear um ministro de relações exteriores norueguês, um movimento pela independência se espalhou pela Noruega. Quando o rei novamente se recusou a conceder um ministro de relações exteriores para a Noruega, em 1905, (apesar de um voto do parlamento para a criação do posto), o parlamento votou pelo dissolvimento a união. No referendo que se seguiu, apenas 184 pessoas na Noruega quiseram manter a união. O novo governo norueguês ofereceu a coroa constitucional para um príncipe dinamarquês, que a aceitou e se tornou Haakon VII (o nome verdadeiro dele era Karl). Depois de meio milênio, Noruega era novamente uma nação soberana.

Na década seguinte, ela se mostrou uma das nações mais progressivas. Em 1913, a Noruega se tornou o segundo país a adotar o sufrágio feminino. O parlamento aprovou leis criando um auxílio-doença, inspeções em fábricas, regras de segurança do trabalho e dias de trabalho de até dez horas – assim, estragando as coisas para os barões capitalistas desde então. Ferrovias foram construídas ao longo da costa; a linha de Bergen ficou pronta em 1909. Usinas industriais, especialmente usinas hidrelétricas, estavam sendo construídas em ritmo acelerado. Exploradores noruegueses, como Amundsen, (o primeiro a chegar ao Polo Sul), Sverdrup e Nansen ficaram famosos no mundo todo. De fato, foi a segunda idade de ouro da Noruega.

Como seus vizinhos escandinavos, a Noruega tentou ficar fora das guerras e crises da Europa. Eles conseguiram isso durante a Primeira Guerra Mundial. Mas não na Segunda. A Noruega se viu presa entre os britânicos, cuja marinha podia interditar as rotas marítimas e não via problemas em violar as águas norueguesas, e os alemães, que desesperadamente precisavam de minério de ferro da Noruega para suas fábricas de guerras. Em abril de 1940, a Alemanha Nazista invadiu e rapidamente tomou a Noruega para garantir uma rota terrestre para os carregamentos de minério de ferro. O governo norueguês foi para o exílio e o infame Vidkun Quisling (cujo nome tornou-se sinônimo de "traidor") criou um governo colaborativo. Exceto por alguns ataques de comandos e ações de resistência, porém, a Noruega ficou à margem da guerra, embora uns 80% da frota mercante anterior à guerra (a quarta maior do mundo na época) tenha escapado para servir os aliados.

Com o fim da guerra, a Noruega voltou para sua tradição de neutralidade, focando sua política externa nas Nações Unidas, com o norueguês Trygve Lie tornando-se o primeiro secretário-geral da organização. Mas o início da Guerra Fria não deixou ninguém neutro e em 1949 a Noruega estava entre os fundadores da OTAN (embora nunca tenha permitido a presença de tropas estrangeiras nem armas nucleares em seu solo). Em 1969, petróleo foi descoberto no Mar do Norte (o campo de Ekofisk) e bilhões de dólares entraram na economia do país, fazendo do padrão de vida – considerando a relativamente pequena população – um dos melhores do mundo. No geral, noruegueses se dedicaram no pós-guerra a ter uma boa vida, apreciando esportes de inverno, sediando duas olimpíadas e recebendo muitos turistas.
PortraitSquare
icon_civilization_norway

Traços

Líderes
icon_leader_hardrada
Haroldo Hardrada (Konge)
icon_leader_default
Haroldo Hardrada (Varangiano)
Unidades especiais
icon_unit_norwegian_berserker
Berserker
Infraestrutura especial
icon_building_stave_church
Igreja de Madeira

Dados sociais e geográficos

Localização
Europa
Tamanho
Estima-se 385,2 mil quilômetros quadrados (148,7 mil milhas quadradas)
População
Estimativa mais recente de 5,1 milhões
Capital
Várias (Trondheim, Bergen e, atualmente, Oslo)
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Traços

Líderes
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Haroldo Hardrada (Konge)
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Haroldo Hardrada (Varangiano)
Unidades especiais
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Berserker
Infraestrutura especial
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Igreja de Madeira

Dados sociais e geográficos

Localização
Europa
Tamanho
Estima-se 385,2 mil quilômetros quadrados (148,7 mil milhas quadradas)
População
Estimativa mais recente de 5,1 milhões
Capital
Várias (Trondheim, Bergen e, atualmente, Oslo)
Habilidade exclusiva

Knarr

Unidades ganham a habilidade de entrar no oceano depois de pesquisar sobre tecnologia de construção de navios. Unidades navais de curto alcance curam em território neutro. Unidades ignoram custos adicionais de movimento de embarque e desembarque.

Contexto Histórico
Os vikings noruegueses tinham o costume de deixar a Noruega. Até 800 d.C., eles haviam colonizado Shetland, Órcades, as Ilhas Féroe, as Hébridas e outros lugares que ninguém queria muito. Por volta de 820, eles criaram povoados na costa oeste da Irlanda, fundando algumas das grandes cidades da ilha (incluindo Dublin). Em, ou, por volta de 870, eles descobriram a Islândia e imediatamente a dividiram entre 400 chefes de tribo. Cem anos depois, eles apareceram na Groenlândia e Leif Ericson desembarcou na América do Norte por volta de 1000 d.C. (mas não ficou por muito tempo). Durante esse tempo todo, a Noruega não estava nem mesmo unificada e era composta de diversos reinos pequenos que discutiam quem devia liderar.

Harald Fairhair começou o processo de criação da Noruega pisoteando todos os chefes de tribo rivais na Batalha de Hafrsfjord por volta de 872 (os historiadores não têm certeza da data, sendo os registros dos vikings do jeito que são), mas coube a Olavo Haraldsson tornar-se realmente rei de uma Noruega unificada, assumindo o trono em 1015 (como Olavo II)... não que vários senhores tivessem periodicamente tentado se separar por séculos. O "santo" Olavo estava determinado a tornar sua nação cristã e se livrar de Odin, Thor e Valhala. Ele obrigou as coisas (governos locais) a aprovarem leis exigindo o cristianismo, s construir igrejas, a derrubar estruturas pagãs e a declarar Trondheim como centro cristão da Noruega. Por isso, Olavo foi morto na batalha de Stiklestad. Ainda assim, o cristianismo tinha chegado à Noruega para ficar.

Embora Harald Hardrada tenha morrido na batalha de Stamford Bridge tentando tomar a coroa inglesa em 1066, sua família governaria a Noruega até Sigurdo Magnusson, conhecido "o cruzado", morrer em 1130. A morte dele deflagrou um século de guerras civis, até que finalmente, em 1217, Haakon IV arrumou tudo e estabeleceu a dinastia Sverre. Sob Haakon e seus descendentes, a Noruega passou por uma idade de ouro, política e culturalmente. A Noruega anexou a Islândia e a Groenlândia. Em 1266, Magno VI, "o Legislador" (ele arrumou muitas leis ruins), percebendo que não conseguiria defender os povoados nas Hébridas contra os ferozes escoceses, vendeu as ilhas junto da Ilha de Man para a coroa escocesa (a Shetland e as Órcades teriam o mesmo destino em 1468).

Foi uma época de paz e prosperidade na Escandinávia e os noruegueses aproveitaram da melhor forma. Comerciantes vikings viajaram ao sul para o Oriente Médio, leste aos ermos da Rússia e especialmente ao oeste para as ilhas britânicas, trazendo de volta riqueza em troca de matérias-primas: pele, lenha, peixes e minério. A agricultura se desenvolveu ao longo da costa. Enquanto isso, as artes chegavam a novos patamares nunca antes alcançados. Trabalhando com madeira e metal, artesãos noruegueses criaram artes finas em meia dúzia de estilos distintos, da Oseberg a Urnes. Engenheiros navais nórdicos criaram embarcações capazes de atravessar os oceanos. Ferreiros nórdicos forjaram as melhoras espadas e armaduras de toda a Europa. O que serviu bem, já que, embora houvesse paz entre os reinos vikings, os nórdicos estavam, como de costume, atacando alguém por perto de uma semana a outra. Mas a diversão tinha que acabar uma hora.

Mais ou menos em 1349, a peste negra chegou à Escandinávia, matando até 50% da população nos anos seguintes. As perdas trouxeram uma redução de impostos, naturalmente, e a autoridade central da coroa se enfraqueceu. Enquanto isso, a Igreja Católica aumentou seus dízimos, ficando cada vez mais poderosa, ao ponto em que o arcebispo de Trondheim exigiu – e conseguiu – uma vaga no Conselho do Estado. No final do século XIV, a Liga Hanseática foi tomando as rotas comerciais norueguesas; em 1343, a Liga tinha estabelecido um kontor ("entreposto estrangeiro") em Bergen e até 1400 tinha criado seu próprio reduto na cidade e estabelecido direitos exclusivos de compra com a frota pesqueira. (Bergen continuaria sob influência hanseática até meados de 1600).

Tudo isso levou para ideias de unificação dos velhos reinos vikings para enfrentar os desafios. Olavo II herdara o trono da Dinamarca aos cinco anos em maio de 1376, após a morte de seu bisavô; quando seu pai morreu, ele o sucedeu como rei da Noruega. Pelos próximos 400 anos, a Noruega seria comandada de Copenhague como parte de um reino duplo. Logo, estes foram reunidos ao trono sueco também, quando Margarida I, rainha regente da Dinamarca, forjou a União de Kalmar – que incluía não apenas os três reinos, mas também as dependências da Noruega no além-mar e a Finlândia (obtida com a coroa sueca). Montada para se opor à crescente influência da Liga Hanseática e dos príncipes alemães do báltico, a União sobreviveu até 1523 quando o "Banho de sangue de Estocolmo" deflagrou a Revolução Sueca, que resultou na coroação de Gustavo Vasa como rei da "Suécia livre".

A União de Kalmar serviu bem à Noruega. Exceto por aquela bagunça com a Reforma. Frederico I, rei da Dinamarca-Noruega, era a favor das heresias de Lutero. Mas na Noruega, o povo era contra. E daí havia um grave problema, pois em 1529 o rei tentou impor o protestantismo aos noruegueses. Sem surpresas, a resistência foi liderada pelo arcebispo de Trondheim, que trouxe o velho rei católico Cristiano II de volta do exílio. Mas Cristiano foi capturado e preso pelo resto da sua vida. Na guerra civil que seguiu a morte de Frederico, os noruegueses católicos tentaram outra vez, com resultados ainda piores. O dinamarquês vitorioso, Cristiano III, exilou o arcebispo, demoveu a Noruega de reino a uma mera província dinamarquesa em 1536 e impôs o luteranismo na Noruega no ano seguinte.

Depois disso, tudo se acalmou por um tempo, conforme os noruegueses se acostumavam com a nova ordem das coisas. Havia as guerras ocasionais em que os exaltados dinamarqueses se metiam – a Guerra de Kalmar (1611-1613), a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e a Segunda Guerra do Norte (1657-1660) – que resultaram em mudanças nas fronteiras. Mas, no geral, as coisas iam bem. A população aumentou em uns 750 mil ao longo de 300 anos (1500 a 1800). O sistema administrativo dinamarquês foi reformado, com a Noruega sendo dividida em condados. A corrupção no governo diminuiu sob uma série de reis competentes, apesar de existirem 1.600 oficiais comissionados pelo governo por toda a Noruega. Infelizmente, ao menos para os dinamarqueses, o país logo se envolveu na conflagração napoleônica... ficando do lado perdedor.

Quando tudo acabou, a Noruega era parte da Suécia, embora uma assembleia nacional tenha sido, bem, reunida em assembleia para redigir uma constituição para uma monarquia parlamentar em maio de 1814. Em julho do mesmo ano, a Suécia invadiu e com a Convenção de Moss, em agosto, concordou em reconhecer a constituição desde que a Noruega se rendesse e se comportasse. Assim começou a união constitucional entre a Suécia e a Noruega, com o monarca sueco Carlos João sendo eleito para assumir as duas coroas. O nacionalismo e o liberalismo norueguês se solidificaram, já que os calmos suecos os deram bastante liberdade. O Banco da Noruega foi fundado em 1816 e com ele uma moeda nacional (a speciedaler). A velha aristocracia norueguesa foi abolida pelo parlamento em 1821. Em 1832, os camponeses perceberam que eles eram mais numerosos do que qualquer outro grupo e nas eleições daquele ano ficaram com a maior das vagas na Dieta. Assim vieram a redução de impostos agrícolas e a elevação de tarifas de importação, enquanto a Lei de Comitês Locais criou conselhos municipais para administrações locais.

Quando a Suécia aboliu os acordos de livre comércio com a Noruega e traçou uma fronteira entre as duas e depois se recusou a nomear um ministro de relações exteriores norueguês, um movimento pela independência se espalhou pela Noruega. Quando o rei novamente se recusou a conceder um ministro de relações exteriores para a Noruega, em 1905, (apesar de um voto do parlamento para a criação do posto), o parlamento votou pelo dissolvimento a união. No referendo que se seguiu, apenas 184 pessoas na Noruega quiseram manter a união. O novo governo norueguês ofereceu a coroa constitucional para um príncipe dinamarquês, que a aceitou e se tornou Haakon VII (o nome verdadeiro dele era Karl). Depois de meio milênio, Noruega era novamente uma nação soberana.

Na década seguinte, ela se mostrou uma das nações mais progressivas. Em 1913, a Noruega se tornou o segundo país a adotar o sufrágio feminino. O parlamento aprovou leis criando um auxílio-doença, inspeções em fábricas, regras de segurança do trabalho e dias de trabalho de até dez horas – assim, estragando as coisas para os barões capitalistas desde então. Ferrovias foram construídas ao longo da costa; a linha de Bergen ficou pronta em 1909. Usinas industriais, especialmente usinas hidrelétricas, estavam sendo construídas em ritmo acelerado. Exploradores noruegueses, como Amundsen, (o primeiro a chegar ao Polo Sul), Sverdrup e Nansen ficaram famosos no mundo todo. De fato, foi a segunda idade de ouro da Noruega.

Como seus vizinhos escandinavos, a Noruega tentou ficar fora das guerras e crises da Europa. Eles conseguiram isso durante a Primeira Guerra Mundial. Mas não na Segunda. A Noruega se viu presa entre os britânicos, cuja marinha podia interditar as rotas marítimas e não via problemas em violar as águas norueguesas, e os alemães, que desesperadamente precisavam de minério de ferro da Noruega para suas fábricas de guerras. Em abril de 1940, a Alemanha Nazista invadiu e rapidamente tomou a Noruega para garantir uma rota terrestre para os carregamentos de minério de ferro. O governo norueguês foi para o exílio e o infame Vidkun Quisling (cujo nome tornou-se sinônimo de "traidor") criou um governo colaborativo. Exceto por alguns ataques de comandos e ações de resistência, porém, a Noruega ficou à margem da guerra, embora uns 80% da frota mercante anterior à guerra (a quarta maior do mundo na época) tenha escapado para servir os aliados.

Com o fim da guerra, a Noruega voltou para sua tradição de neutralidade, focando sua política externa nas Nações Unidas, com o norueguês Trygve Lie tornando-se o primeiro secretário-geral da organização. Mas o início da Guerra Fria não deixou ninguém neutro e em 1949 a Noruega estava entre os fundadores da OTAN (embora nunca tenha permitido a presença de tropas estrangeiras nem armas nucleares em seu solo). Em 1969, petróleo foi descoberto no Mar do Norte (o campo de Ekofisk) e bilhões de dólares entraram na economia do país, fazendo do padrão de vida – considerando a relativamente pequena população – um dos melhores do mundo. No geral, noruegueses se dedicaram no pós-guerra a ter uma boa vida, apreciando esportes de inverno, sediando duas olimpíadas e recebendo muitos turistas.
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